Guia da radiografia oclusal para uso clínico
Na prática clínica, como avaliar a extensão de uma grande lesão ou localizar com precisão um dente incluso no palato? Para desafios que exigem uma perspectiva ampla, a Radiologia odontológica oferece uma solução poderosa: a radiografia oclusal.
Este exame se destaca por utilizar um filme maior sobre o qual o paciente oclui, gerando um verdadeiro mapa da maxila ou da mandíbula, indispensável para o diagnóstico e planejamento de casos complexos.
Entenda melhor sobre esse tipo de radiografia odontológica a seguir.
A radiografia oclusal é uma técnica de imagem intraoral que se distingue pelo uso de um filme ou sensor digital de tamanho maior (geralmente 5,7 x 7,6 cm).
O nome da técnica é bastante descritivo: o paciente simplesmente oclui (“morde”) sobre o receptor de imagem, que é posicionado no plano oclusal.
Essa abordagem permite capturar uma visão ampla e abrangente de toda a arcada dentária superior (maxila) ou inferior (mandíbula) em uma única exposição, oferecendo uma perspectiva única para o diagnóstico.
Este exame é particularmente útil em cenários específicos onde uma visão panorâmica e a relação espacial entre as estruturas são essenciais. Suas principais aplicações incluem:
A técnica oclusal varia conforme a arcada e a área de interesse, resultando em diferentes projeções radiográficas:
Para a arcada superior, a técnica pode ser executada de forma total, abrangendo todo o palato, ou parcial, focando na região anterior. O feixe de raios-X é angulado de cima para baixo, incidindo sobre a face do paciente.
A imagem resultante é fundamental para avaliar a relação dos dentes com estruturas anatômicas importantes, como o palato duro, o septo nasal e o assoalho do seio maxilar.
Na arcada inferior, a projeção pode ser total, com o feixe de raios-X angulado por baixo do queixo para visualizar todo o corpo da mandíbula.
Alternativamente, pode ser realizada uma projeção específica para a região anterior e o assoalho da boca, ideal para a pesquisa de sialolitos no ducto da glândula submandibular.
A grande vantagem da radiografia oclusal reside em sua capacidade de fornecer uma visão em um plano diferente das periapicais: o plano axial.
Isso significa que ela é excelente para determinar a relação vestíbulo-lingual ou vestíbulo-palatina das estruturas, algo que a radiografia periapical não consegue mostrar.
É a ferramenta ideal para confirmar se um dente incluso, como um canino superior, está posicionado por vestibular ou por palatino, uma informação importante para o planejamento cirúrgico e ortodôntico.
A eficácia da radiografia oclusal está diretamente ligada à precisão técnica do operador. Para obter uma imagem diagnóstica clara, e não uma imagem distorcida e sobreposta, o profissional precisa dominar os ângulos corretos de incidência do feixe de raios-X para cada tipo de projeção.
Um erro na angulação pode inutilizar o exame. Cursos de especialização em radiologia oferecem o treinamento prático e o embasamento teórico necessários para executar e interpretar este exame com precisão, garantindo que ele seja uma ferramenta diagnóstica útil e não uma fonte de dúvidas.
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