Cirurgia oral menor: veja o que é, quando fazer e tipos

A cirurgia oral menor é um universo vasto e essencial na rotina do dentista, desempenhando um papel fundamental na saúde bucal e no bem-estar dos pacientes.
Mas você sabe exatamente o que ela abrange, quando é indicada e quais são os procedimentos mais comuns? Se você é dentista ou estudante de odontologia em busca de aprimoramento, este artigo foi feito para você.
Vamos desvendar todos os detalhes sobre a cirurgia oral menor, desde seu conceito até suas indicações e a importância do domínio técnico para um profissional de excelência. Acompanhe.
A cirurgia oral menor compreende uma série de procedimentos cirúrgicos realizados na cavidade bucal e em estruturas anexas, caracterizados principalmente pela sua baixa ou média complexidade.
Geralmente, esses procedimentos são conduzidos sob anestesia local, o que permite que o paciente permaneça consciente e cooperativo durante a intervenção, e são realizados em um ambiente clínico ambulatorial, como o próprio consultório odontológico.
O escopo da cirurgia oral menor é amplo e abrange desde a extração de dentes até a correção de pequenas alterações anatômicas.
O foco está em intervenções que não requerem abordagem hospitalar, embora exija do profissional um conhecimento aprofundado da anatomia oral, técnica cirúrgica precisa e um manejo adequado do paciente.
A recuperação tende a ser mais rápida e menos complexa quando comparada a cirurgias de maior porte.
É fundamental caracterizar os procedimentos cirúrgicos de acordo com seu nível de complexidade e implicações clínicas para compreender a amplitude da atuação do cirurgião-dentista:
Característica | Cirurgia oral menor | Cirurgias de maior porte |
Tipo de anestesia | Predominantemente anestesia local. | Geralmente anestesia geral ou sedação profunda. |
Local de realização | Consultório odontológico ou ambulatório simples. | Ambiente hospitalar (Centro Cirúrgico). |
Grau de complexidade | Baixa a média complexidade. Envolve estruturas superficiais. | Alta complexidade. Envolve estruturas ósseas da face, reconstruções, traumas severos. |
Tempo de recuperação | Geralmente mais rápido e com menos intercorrências. | Pode ser mais longo e requer cuidados pós-operatórios intensivos. |
Exemplos de procedimentos | Extração de siso, frenectomia, biópsias de lesões pequenas. | Cirurgias ortognáticas, tratamento de fraturas faciais, remoção de tumores extensos. |
Enquanto a cirurgia oral menor lida com a resolução de problemas pontuais e de menor invasividade na cavidade bucal, as cirurgias mais complexas realizadas por especialistas em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, abordam casos mais desafiadores, que envolvem grandes estruturas faciais e exigem uma infraestrutura hospitalar completa.
Leia também: Tudo sobre especialização em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial
A cirurgia oral menor é um campo diversificado, com procedimentos que resolvem uma vasta gama de problemas odontológicos.
Na rotina clínica, alguns tipos se destacam pela sua frequência e relevância. Vamos detalhar os mais comuns:
A exodontia, ou extração dentária, é um dos procedimentos mais comuns na odontologia realizados no âmbito da cirurgia oral menor.
Ela pode ser indicada por diversos motivos, como cáries extensas que destruíram grande parte do dente, infecções que não respondem a outros tratamentos, fraturas dentárias irreparáveis ou dentes supranumerários (dentes extras).
A extração do dente do siso (terceiros molares), em particular, é um procedimento muito comum e sua complexidade varia conforme a posição do dente e sua relação com estruturas adjacentes.
A frenectomia é um procedimento cirúrgico que consiste na remoção ou modificação de um freio oral.
Os freios são pequenas pregas de tecido mole que conectam estruturas na boca. Os mais comuns são o freio lingual (abaixo da língua) e o freio labial (entre a gengiva e o lábio superior ou inferior).
O procedimento é rápido, feito com anestesia local, e os benefícios incluem melhora da fala, da alimentação e da estética.
Ulectomia e ulotomia são procedimentos periodontais menores que envolvem a remoção de tecido gengival.
Ambos os procedimentos visam criar um caminho para a erupção dentária e são realizados com anestesia local.
Os tórus palatino e tórus mandibular são crescimentos ósseos benignos que podem surgir, respectivamente, no palato (céu da boca) ou na parte interna da mandíbula.
Embora sejam formações normais e geralmente assintomáticas, sua remoção cirúrgica torna-se necessária em algumas situações:
A remoção é feita sob anestesia local, e o osso em excesso é remodelado.
A alveoloplastia é um procedimento cirúrgico que visa remodelar o osso alveolar (osso que sustenta os dentes) após extrações dentárias.
Seu principal objetivo é preparar o rebordo alveolar para receber próteses dentárias, sejam elas totais ou parciais.
Após a extração de um ou mais dentes, o osso pode apresentar irregularidades ou projeções que dificultam a adaptação de uma prótese.
A alveoloplastia suaviza e regulariza essa superfície óssea, garantindo uma base mais estável e confortável para a prótese, melhorando a retenção e o ajuste.
As indicações para a cirurgia oral menor são diversas e abrangem uma ampla gama de necessidades odontológicas. As principais situações clínicas que levam à necessidade desses procedimentos incluem:
Quando um dente está tão danificado por cáries extensas, fraturas ou infecções que não pode ser restaurado ou tratado por meios conservadores (como restaurações ou tratamento de canal), a extração se torna a melhor opção para evitar a propagação da infecção ou a dor crônica.
Como os já mencionados dentes do siso, mas também outros dentes que não conseguem erupcionar corretamente, podendo causar dor, desalinhamento dos outros dentes, formação de cistos ou infecções.
A remoção de pequenos cistos, tumores ou lesões em tecidos moles da boca para biópsia ou tratamento.
Preparação da boca para receber próteses dentárias, como a remoção de tórus ósseos ou a remodelação do osso alveolar (alveoloplastia) para garantir um melhor assentamento da prótese.
Extração de dentes para criar espaço na arcada e facilitar o movimento dos dentes durante o tratamento ortodôntico, ou a remoção de freios labiais e linguais que podem interferir no alinhamento dentário ou na função.
Remoção de excesso de tecido gengival (gengivoplastia) para tratar doenças periodontais ou melhorar a estética do sorriso.
Embora a cirurgia oral menor seja considerada de baixa a média complexidade, a importância do diagnóstico preciso e do planejamento cirúrgico adequado não pode ser subestimada.
Antes de qualquer intervenção, é fundamental realizar uma avaliação completa do paciente, que inclui histórico médico e odontológico, exames clínicos detalhados e, muitas vezes, exames de imagem como radiografias e tomografias.
Um diagnóstico correto permite ao profissional identificar a real necessidade do procedimento, prever possíveis desafios anatômicos e planejar a técnica cirúrgica mais segura e eficaz.
O domínio técnico é essencial para minimizar riscos de complicações, como sangramentos excessivos, lesões nervosas ou infecções.
A execução cuidadosa e precisa, aliada a uma boa técnica de sutura e um protocolo de cuidados pós-operatórios bem definido, otimiza os resultados, garante a segurança do paciente e promove uma recuperação mais tranquila.
Os procedimentos de cirurgia oral menor são parte integrante da formação em Odontologia. Dessa forma, cirurgiões-dentistas com formação geral estão legalmente aptos a realizar esses procedimentos, que são rotineiros na prática clínica diária.
É importante ressaltar que esses procedimentos exigem conhecimento aprofundado, treinamento prático e constante atualização.
Buscar cursos de aperfeiçoamento na área de Cirurgia Oral Menor ou se especializar em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial é um diferencial significativo.
Esse aprofundamento garante que o profissional domine as técnicas mais avançadas, saiba manejar intercorrências e ofereça o melhor tratamento ao paciente.
A excelência na cirurgia oral menor é construída com base em conhecimento, técnica e experiência.
A cirurgia oral menor não é apenas um conjunto de procedimentos; é uma área fundamental para qualquer dentista que busca uma prática clínica completa e de sucesso.
Dominar essas técnicas significa expandir seu leque de serviços, oferecer soluções eficazes para seus pacientes e, consequentemente, impulsionar o crescimento da sua carreira.
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