Cirurgias ortognáticas: o que todo dentista deve saber
A cirurgia ortognática é um dos principais procedimentos dentro da especialidade de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, indicada para corrigir discrepâncias ósseas entre a maxila e a mandíbula que comprometem a mordida e a harmonia facial.
Em muitos casos, o alinhamento dentário apenas com a ortodontia não é suficiente para restabelecer o equilíbrio funcional e estético do paciente — é aí que a cirurgia entra como solução definitiva.
Para o dentista clínico geral que busca oferecer um plano de tratamento completo e de excelência, compreender o que é a cirurgia ortognática e quando indicá-la é essencial para atuar com segurança e alcançar resultados previsíveis.
No artigo, você encontrará um panorama completo sobre o tema, do diagnóstico ao planejamento digital multidisciplinar. Acompanhe!
A cirurgia ortognática é um procedimento cirúrgico complexo, realizado por um cirurgião bucomaxilofacial, que tem como objetivo reposicionar os ossos da maxila e/ou da mandíbula para corrigir deformidades dentofaciais esqueléticas.
Não se trata apenas de uma intervenção estética. Pelo contrário, seu objetivo é duplo e integral: restabelecer uma oclusão (mordida) funcional correta e, consequentemente, melhorar a harmonia e a estética da face.
Para quem busca rentabilidade e atualização constante, o diagnóstico correto das indicações cirúrgicas representa um diferencial competitivo enorme. Listamos os principais casos em que a cirurgia ortognática é a melhor – ou a única – solução.
As discrepâncias esqueléticas são a indicação clássica. Elas ocorrem quando há um desequilíbrio significativo entre o tamanho ou a posição da maxila (osso superior) e da mandíbula (osso inferior).
Esta é uma das indicações funcionais que tem ganhado mais destaque e que oferece um grande potencial de atuação multidisciplinar.
A apneia obstrutiva do sono (AOS), em casos moderados a graves onde há pouca resposta a outros tratamentos (como aparelhos intraorais), pode ser tratada de forma eficaz com a cirurgia.
O avanço da maxila e da mandíbula (procedimento conhecido como bimaxilar) aumenta o espaço da via aérea posterior, desobstruindo a passagem de ar e resolvendo o problema de forma definitiva.
Ao corrigir a posição dos ossos, a cirurgia não só restabelece uma oclusão ideal como também melhora substancialmente a capacidade de mastigação e a fonação.
Além disso, o realinhamento da face proporciona uma melhora estética significativa, impactando positivamente a autoestima e a qualidade de vida do paciente.
A cirurgia ortognática não é um procedimento isolado; é um tratamento de equipe que exige a colaboração estreita entre o dentista clínico geral, o ortodontista e o cirurgião bucomaxilofacial.
É essencial que o dentista clínico ou o ortodontista seja capaz de primeiro identificar a necessidade da cirurgia. Observar oclusão, perfil, proporções faciais e, se necessário, solicitar exames complementares como a telerradiografia e a tomografia.
Se você notar uma discrepância esquelética que a ortodontia isolada não pode resolver, seu papel é encaminhar o paciente para a avaliação de um especialista em cirurgia bucomaxilofacial. Seu conhecimento e segurança nesse momento estabelecem a confiança e a autoridade com o paciente.
Esta é a fase em que o ortodontista atua intensamente. O preparo ortodôntico pré-cirúrgico, ou “descompensação” dentária, visa alinhar e nivelar os dentes de forma independente dentro de suas respectivas bases ósseas (maxila e mandíbula).
Essa etapa é contraintuitiva para o paciente, pois a mordida pode temporariamente piorar antes de melhorar, mas é essencial para garantir o encaixe perfeito que ocorrerá após o reposicionamento cirúrgico dos ossos.
A tecnologia revolucionou o planejamento da cirurgia ortognática. Graças aos avanços em Odontologia Digital (OD), como tomografias computadorizadas (TC) e escaneamentos intraorais (modelos digitais), é possível realizar um planejamento 3D completo da cirurgia.
O cirurgião, em conjunto com o ortodontista, utiliza softwares de simulação virtual para:
Mesmo que você não execute a cirurgia ortognática, seu domínio sobre o tema é um pilar de sua autoridade profissional.
Entender o papel da cirurgia oral menor complementar, explicar as opções ao paciente e se comunicar de forma eficaz com o cirurgião bucomaxilofacial posiciona-se muito acima da concorrência.
A correta indicação de casos complexos e o sucesso no tratamento multidisciplinar agregam valor e prestígio, justificando o investimento em sua evolução contínua.
Cursos de especialização que abordam o diagnóstico de deformidades dentofaciais, o planejamento integrado e o conhecimento aprofundado de anatomia e oclusão oferecem a base necessária para atuar com segurança nesses casos complexos.
A cirurgia ortognática é, sem dúvidas, um dos procedimentos mais transformadores da área da saúde, com um impacto profundo na função e na estética do paciente.
O sucesso do tratamento depende de uma colaboração afinada entre o ortodontista e o cirurgião bucomaxilofacial. Cabe a você, dentista, ter o conhecimento para identificar a necessidade e guiar o paciente nesse processo.
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Categorias: Cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial